Cantor(a)/Compositor(a), Brasil
Não posso ficar nem mais um minuto com você, sinto muito amor, mas não pode ser, moro em Jaçanã, se eu perder esse trem que sai agora às onze horas só amanhã de manhã...
Domingo cheio de luz... Passarinhos a cantar, as plantas, o céu azul... Que vontade de amar.
Enganado eu vou partir, neste mundo jamais viverá. Adeus minha escola do samba, eu vou para nunca mais voltar.
A tristeza é um bichinho que pra roer tá sozinho. E como rói a bandida. Parece rato em queijo parmesão.
Vai meu filho, Deus te abençoe... Segue o teu trilho.
Cantando neste mundo vivo escravo do meu samba, muito embora vagabundo.
Chega de homenagens. Eu quero o dinheiro.
Não quero que você me abandones. Não quero que você me deixe só. Eu vou sofrer de mais sem seus carinhos, não posso mais, estou morrendo aos pouquinhos.
O mundo me condena e ninguém tem pena. Falando sempre mal do meu nome deixando de saber se eu vou morrer de sede ou se vou morrer de fome.
Bom de briga é aquele que cai fora.
Falar errado é uma arte. Se não vira deboche!
O Arnesto nos convidou pra um samba, ele mora no Brás, nós fumos não encontremos ninguém, nós voltemos com uma baita de uma reiva, da outra vez nós num vai mais... Nós não semos tatu!
Eu vou pro samba. Não sei que horas vou voltar, deixa a vela acesa e a chave no lugar.
Além disso mulher, tem outra coisa, minha mãe não dorme enquanto eu não chegar, sou filho único, tenho minha casa prá olhar...
Se eu pudesse definir, detalhar sem me iludir... O olhar que me seguia, sutilmente me traía.
É melhor viver um dia de cada vez, do que sonhar com um futuro que talvez possa não acontecer.
Teu olhar mata mais que atropelamento de automóvel, mata mais que bala de revórver...
Si o senhor não está lembrado, dá licença de contá que aqui onde agora está esse edifício alto era uma casa velha, um palacete abandonado, foi aqui seu moço que eu, Mato Grosso e o Joca construímos nossa maloca...
A gente samba no escuro que é muito mais legal!
A louca chegou o ô, a louca chegou, desesperada, procurando seu amor.
Faço meus sambas e faço meus trenzinhos.
No outro dia encontremo com o Arnesto que pediu desculpas mais nós não aceitemos. Isso não se faz, Arnesto, nós não se importa mas você devia ter ponhado um recado na porta...
Mas a filosofia hoje me auxilia a viver indiferente assim.
Para falar errado, precisa saber falar certo!
Deus dá o frio conforme o cobertor.
Nesta prontidão sem fim vou fingindo que sou rico para ninguém zombar de mim.
Não reclama contra o temporal que derrubou teu barracão. Não reclama, guenta a mão João.
Cheguei tarde no barraco, o incidente aconteceu. Fui acendê o fugão de querosene, exprudiu. Incendiou, queimou tudo que era meu.
Eu mamei a noite inteira na venda do seu mané. Bebi pinga com limão e dispois com tapilé. Quando eu cheguei em casa, apanhei da minha muié.
Eles pensam que eu não sei falar nós vamos... São uns coitados! Eu também falo nós vamos, se eu quiser. Mas eu falo nóis vai, nóis fumo, etc. como fala o povo.