Eu tô só vendo, sabendo, sentindo, escutando e não posso falar. Tô me guardando pra quando o Carnaval chegar.
Chico Buarque
País: Brasil
Tipo: Escritor(a), Musicista
Quem sabe um dia, por descuido ou poesia, você goste de ficar.
Por trás de um homem triste há sempre uma mulher feliz e atrás dessa mulher mil homens sempre tão gentis.
Todo dia ela faz tudo sempre igual: me sacode às seis horas da manhã, me sorri um sorriso pontual e me beija com a boca de hortelã.
Talvez nem me queira bem, porém faz um bem que ninguém me faz.
Te dei meus olhos pra tomares conta. Agora conta, como hei de partir?
Quando chegar o momento, esse meu sofrimento, vou cobrar com juros, juro. Todo esse amor reprimido, esse grito contido, este samba no escuro. Você que inventou a tristeza, ora, tenha a fineza de desinventar.
Talvez seja da minha natureza não me sentir pertencendo totalmente a lugar nenhum, em lugar nenhum.
As pessoas têm medo das mudanças. Eu tenho medo que as coisas nunca mudem.
Quando você me deixou, meu bem, me disse pra ser feliz e passar bem. Quis morrer de ciúme, quase enlouqueci, mas depois, como era de costume, obedeci.
Menino quando morre vira anjo; Mulher vira uma flor no céu; Malandro quando morre vira samba.
Quem me vê sempre parado, distante, garante que eu não sei sambar. Tô me guardando pra quando o Carnaval chegar.
Está provado, quem espera nunca alcança.
Também acho uma delícia quando você esquece os olhos em cima dos meus.
Tem dias que a gente se sente, como quem partiu ou morreu.
Não se afobe, não Que nada é pra já O amor não tem pressa Ele pode esperar em silêncio.
Eu canto a dor que eu não soube chorar.
Aja duas vezes antes de pensar.
Não há mais porta, mas também não tenho mais vontade de entrar.
Para sempre é sempre por um triz.
Que saudade é o pior tormento, é pior do que o esquecimento, é pior do que se entrevar...
O nosso amor é tão bom. O horário é que nunca combina.
Nunca é tarde, nunca é demais Onde estou, onde estás Meu amor, vem me buscar.
Apesar de você, amanhã há de ser outro dia.