Não haverá borboletas se a vida não passar por longas e silenciosas metamorfoses.
Rubem Alves
País: Brasil
Tipo: Escritor(a)
Deus existe para tranquilizar a saudade.
Infinitamente belo, insuportavelmente efêmero.
Deus é isto: a beleza que se ouve no silêncio. Daí a importância de saber ouvir os outros: a beleza mora lá também.
A vida não pode ser economizada para amanhã. Acontece sempre no presente.
Toda separação é triste. Ela guarda memória de tempos felizes (ou de tempos que poderiam ter sido felizes...) e nela mora a saudade.
Cartas de amor são escritas não para dar notícias, não para contar nada, mas para que mãos separadas se toquem ao tocarem a mesma folha de papel.
O que as pessoas mais desejam é alguém que as escute de maneira calma e tranquila. Em silêncio. Sem dar conselhos. Sem que digam: se eu fosse você...
Há muitas pessoas de visão perfeita que nada veem... O ato de ver não é coisa natural. Precisa ser aprendido!
A saudade não deseja ir para a frente. Ela deseja voltar.
Aquilo que está escrito no coração não necessita de agendas porque a gente não esquece. O que a memória ama fica eterno.
Toda alma é uma música que se toca.
Há escolas que são gaiolas e há escolas que são asas.
A saudade é a nossa alma dizendo para onde ela quer voltar.
A paixão só se contenta com o eterno.
Todo mundo gostaria de se mudar para um lugar mágico. Mas são poucos os que têm coragem de tentar.
Ostra feliz não faz pérolas. Isso vale para as ostras e vale para nós, seres humanos.
Uma pessoa é bela, não pela beleza dela, mas pela beleza nossa que se reflete nela.
A esperança é uma droga alucinógena.
O que é que se encontra no início? O jardim ou o jardineiro? É o jardineiro. Havendo um jardineiro, mais cedo ou mais tarde um jardim aparecerá. Mas, havendo um jardim sem jardineiro, mais cedo ou mais tarde ele desaparecerá. O que é um jardineiro? Uma pessoa cujo pensamento está cheio de jardins. O que faz um jardim são os pensamentos do jardineiro. O que faz um povo são os pensamentos daqueles que o compõem.
Amar é ter um pássaro pousado no dedo. Quem tem um pássaro pousado no dedo sabe que, a qualquer momento, ele pode voar.
E, assim fiz arte com minhas palavras para encantar os olhos das pessoas ao meu redor!
Os educadores, antes de serem especialistas em ferramentas do saber, deveriam ser especialistas em amor: intérpretes de sonhos.
A saudade é o bolso onde a alma guarda aquilo que perdeu.
A alma é uma borboleta. Há um instante em que uma voz nos diz que chegou o momento de uma grande metamorfose.