Chegamos a um ponto em que mercenários estrangeiros poderiam ser mais confiáveis do que a polícia. Poderiam nos proteger melhor.
Diogo Mainardi
País: Brasil
Tipo: Escritor(a)
O hábito da leitura constitui o maior obstáculo para a ascensão social e o poder pessoal no Brasil.
Lutar pelos pobres, no Brasil, é sempre um bom negócio.
A leitura é um fetiche nacional. Atribuímos grande importância a leitura. Desde que sejam os outros a ler.
De acordo com Edir Macedo, quando somos fiéis ao dizimo, vemos-nos livres do sofrimento. Uma espécie de Baú da Felicidade do espírito.
A gente gosta de pobres. A gente gosta tanto deles que nunca pensou em torná-los menos pobres. A gente gosta de votar em pobres, de reclamar de pobres, de escrever sobre pobres.
Saddam Hussein foi o maior importador de armas fabricadas no Brasil. Por isso perdeu todas as guerras em que se meteu.
O barroco brasileiro nunca foi nem será arte.
Um dos trunfos da Igreja Universal é a incorporação das técnicas dos programas de auditório. Os pastores sempre invocam aplausos para Jesus Cristo, como num show de calouros.
Os brasileiros sempre preferiram o conchavo e o corporativismo à discussão e à insubordinação.
O Brasil deveria desistir dessa bobagem de querer ter uma cultura. Ninguém ia notar a falta.
Graças aos votos de seu rebanho de pobres, os evangélicos também puderam eleger uma poderosa bancada parlamentar.
O Brasil tem mais de trinta leis de incentivo à cultura. É incentivo demais e cultura de menos.
Todo mundo fala mal de políticos.
Eu sempre digo que, se todos os brasileiros concordam com algo, significa que esse algo só pode estar muito errado.
O único aspecto relevante de nossa personalidade é um exasperado servilismo.
O Brasil é mesmo o fim da picada.
O pensamento estratégico do governo brasileiro chega apenas até as próximas eleições.
O PT gosta de folclore. Mussolini também gostava. Hitler também gostava. Stalin também gostava. Folclore é coisa de regimes nacionalistas e totalitários. Até hoje funciona assim.
O Brasil é um prato cheio para o sarcasmo e a avacalhação.
Falar mal das pessoas é muito mais gratificante do que falar bem. Eu, se pudesse, só falaria mal.
O maior problema do Brasil é o gigantismo do estado.
Eu já estava enjoado dos tiroteios na porta de casa. Agora melhorou. Passaram a jogar bombas.
Futuro? Que futuro? O Brasil não tem futuro. Daqui a quinze anos, estaremos no mesmo buraco de agora.
Escola não serve para nada. A importância do ensino para o avanço social é uma mistificação que deve ser combatida. Eu nunca gostei de estudar.
As empresas estatais sempre constituíram um precioso reservatório de cargos para a barganha política.
A convicção simplória de que todos os políticos são enganadores precisa ser restaurada urgentemente.
É bom desconfiar de quem se diz patriota. Assim como é bom desconfiar de quem se diz democrático. Aliás, desconfie de tudo.
Eu fui convidado para falar sobre Ivete Sangalo no programa do Faustão. Não pude aceitar porque não sabia quem era Ivete Sangalo. Depois me informei. É aquela do comercial da Chevrolet.
Carioca é meio caipira. Aplaudir o pôr-do-sol é como aplaudir aterrissagem de avião.
Futebol é a coisa mais estupidificante que existe.