Escritor(a)/Poeta, Estados Unidos
Meus Deus, a vida é solidão, apesar de todos os opiáceos, apesar do falso brilho das "festas" alegres sem propósito algum, apesar dos falsos semblantes sorridentes que todos ostentamos.
Achava que não podia ser magoada; achava que com certeza era imune ao sofrimento — imune às dores do espírito ou à agonia.
Nem um dia é seguro sem notícias suas.
Acho que te criei no interior da minha mente.
Morrer é uma arte, como tudo o mais. Que eu pratico surpreendentemente bem.
Há tanta dor nesse jogo de procurar um parceiro, de testar, tentar. E a gente se dá conta subitamente de ter esquecido que era só um jogo, e vai embora chorando.
Se você nunca espera nada de ninguém, nunca se desaponta.
Não entendo como as pessoas aguentem ficar velhas. Secam por dentro. Quando somos jovens, temos autoconfiança. Nem precisamos muito da religião.
Ninguém no caminho, e nada, nada a não ser amoras.
Como é frágil o coração humano — espelhado poço de pensamentos. Tão profundo e trêmulo instrumento de vidro, que canta ou chora.
Sinto inveja dos que pensam com mais profundidade, dos que escrevem melhor, dos que desenham melhor, dos que esquiam melhor, dos que têm aparência melhor, dos que vivem melhor, dos que amam melhor do que eu.
O pior inimigo da criatividade é a dúvida em suas próprias capacidades.
Dentro de mim mora um grito. De noite, ele sai com suas garras, à caça de algo para amar.
Talvez quando nos encontramos querendo tudo, é porque estamos perigosamente perto de não querer nada.
E se você não tem passado ou futuro, que no final das contas são os elementos que formam o presente todo, então é bem capaz de descartar a casca vazia do presente.
Amo as pessoas. Todas elas. Amo-as, creio, como um colecionador de selos ama sua coleção.
Sou apenas uma gota a mais no imenso mar de matéria, definida, com a capacidade de perceber minha existência.
Para que serve minha vida e o que vou fazer com ela? Não sei e sinto medo. Não posso ler todos os livros que quero; não posso ser todas as pessoas que quero e viver todas as vidas que quero. E por que eu quero? Quero viver e sentir as nuances, os tons e as variações das experiências físicas e mentais possíveis de minha existência.
Respirei fundo e escutei o velho e orgulhoso som do meu coração. Eu sou, eu sou, eu sou.
Eu fecho meus olhos e o mundo inteiro morre subitamente; eu abro meu olhos e tudo nasce novamente.