Todos os retratos que tenho de minha mãe não me dão nunca a fisionomia que eu guardo dela – a doce fisionomia daquele rosto, daquela melancólica beleza do seu olhar.
José Lins do Rego
País: Brasil
Tipo: Escritor(a), Jornalista
Se chove, tenho saudades do sol, se faz calor, tenho saudades da chuva.
O pior não é morrer de fome num deserto, é não ter o que comer na Terra Prometida.
Não gosto de trabalhar, não fumo, durmo com muitos sonhos, e já escrevi 11 romances.
O conhecimento do Brasil passa pelo futebol.
De vez em quando, sem saber como e por que, damos conosco a fazer a chamada dos nossos mortos. E em silêncio, como convém aos que passaram para o outro lado da vida.
Os grandes escritores têm a sua língua, os medíocres, a sua gramática.
Volto hoje às minhas criaturas, aos rudes homens do cangaço, às mulheres, aos sertanejos castigados, às terras tostadas de sol e tintas de sangue, ao mundo fabuloso do meu romance, já no meio do caminho.
Sou homem de paixões violentas. Temo os poderes de Deus, e fui devoto de Nossa Senhora da Conceição.
Vou ao futebol, e sofro como um pobre diabo. Jogo tênis, pessimamente, e daria tudo para ver meu clube campeão de tudo.
O espírito dos jovens não faz mal aos que sabem envelhecer.
Tenho quarenta e seis anos, moreno, cabelos pretos, com meia dúzia de fios brancos, um metro e 74 centímetros, casado, com três filhas e um genro, 86 quilos bem pesados, muita saúde e muito medo de morrer.
O espírito olímpico não é o que conduz à vitória por cima de tudo. É o que chega à vitória para engrandecê-la e respeitar a derrota dos que ficam embaixo.
Enfim, literato da cabeça aos pés, amigo de meus amigos e capaz de tudo se me pisarem nos calos. Perco então a cabeça e fico ridículo. Não sou mau pagador. Se tenho, pago, mas se não tenho, não pago, e não perco o sono por isso.