Venha sexta musa mensageira, do reino de Eloim, me traga a pena de Apolo e escreve aqui por mim: O Assassino da Honra ou A Louca do Jardim!
Ariano Suassuna
País: Brasil
Tipo: Escritor(a), Poeta
Tenho duas armas para lutar contra o desespero, a tristeza e até a morte: o riso a cavalo e o galope do sonho. É com isso que enfrento essa dura e fascinante tarefa de viver.
O otimista é um tolo. O pessimista, um chato. Bom mesmo é ser um realista esperançoso.
A tarefa de viver é dura, mas fascinante.
A humanidade se divide em dois grupos, os que concordam comigo e os equivocados.
Em redor do buraco tudo é beira!
Dizem que tudo passa e o tempo duro tudo esfarela.
Que é muito difícil você vencer a injustiça secular, que dilacera o Brasil em dois países distintos: o país dos privilegiados e o país dos despossuídos.
Na pré-história, os cavalos comiam só mato e os homens começaram a comer carne. A evolução trouxe a raça humana até aqui e os cavalos continuam sendo vegetarianos até hoje. É por isso que nunca parei de comer carne.
Em vez de porta-aviões, os americanos hoje mandam Michael Jackson e Madonna para dominar o Brasil.
Não sou nem otimista, nem pessimista. Os otimistas são ingênuos, e os pessimistas amargos. Sou um homem da esperança. Sei que é para um futuro muito longínquo. Sonho com o dia em que o sol de Deus vai espalhar justiça pelo mundo todo.
Eu digo sempre que das três virtudes teologais chamadas, eu sou fraco na fé e fraco na qualidade, só me resta a esperança. Eu sou o homem da esperança.
Jamais falei mal de Molière, mas querer que eu aceite Elvis Presley já é demais.
A massificação procura baixar a qualidade artística para a altura do gosto médio. Em arte, o gosto médio é mais prejudicial do que o mau gosto... Nunca vi um gênio com gosto médio.
Que eu não perca a vontade de ter grandes amigos, mesmo sabendo que, com as voltas do mundo, eles acabam indo embora de nossas vidas.
Terceira idade é para fruta: verde, madura e podre.
Não troco o meu 'oxente' pelo 'ok' de ninguém!
Quando eu morrer, não soltem meu cavalo nas pedras do meu pasto incendiado: fustiguem-lhe seu dorso alardeado, com a espora de ouro, até matá-lo.
Sou a favor da internacionalização da cultura, mas não acabando as peculiaridades locais e nacionais.
Arte pra mim não é produto de mercado. Podem me chamar de romântico. Arte pra mim é missão, vocação e festa.
Não tenho medo de andar de avião como muitos dizem. O que eu tenho é tédio. Não aguento mais olhar aquelas aeromoças fazendo um teatro mímico para mostrar aos passageiros como usar as máscaras de oxigênio em caso de despressurização, e a porta de emergência.
Depois que eu vi num hotel em São Paulo um show de rock pela televisão, nunca mais eu critiquei os cantores medíocres brasileiros. Qualquer porcaria como a Banda Calypso ainda é melhor que qualquer banda de rock.