Cortinas de seda o vento entra sem pedir licença.
Paulo Leminski
País: Brasil
Tipo: Escritor(a), Poeta
Nesta vida, pode-se aprender três coisas de uma criança: estar sempre alegre, nunca ficar inativo e chorar com força por tudo o que se quer.
Quando eu vi você tive uma ideia brilhante. Foi como se eu olhasse de dentro de um diamante e meu olho ganhasse mil faces num só instante.
Amor, então também, acaba? Não, que eu saiba. O que eu sei é que se transforma numa matéria-prima que a vida se encarrega de transformar em raiva. Ou em rima.
Nunca cometo o mesmo erro duas vezes. Já cometo duas três, quatro, cinco, seis até esse erro aprender que só o erro tem vez.
Amar é um elo entre o azul e o amarelo.
A vocês, eu deixo o sono. O sonho, não! Este eu mesmo carrego!
Me diverte pensar que, em vários momentos, estou brigando comigo mesmo.
Nada se leva. A não ser a vida levada que a gente leva.
A vida não imita a arte. Imita um programa ruim de televisão.
Aqui jaz um grande poeta. Nada deixou escrito. Este silêncio, acredito, são suas obras completas.
Tudo dança hospedado numa casa em mudança.
O destino quis que a gente se achasse, na mesma estrofe e na mesma classe, no mesmo verso e na mesma frase.
A noite - enorme, tudo dorme, menos teu nome.
Vim pelo caminho difícil, a linha que nunca termina, a linha bate na pedra, a palavra quebra uma esquina, mínima linha vazia, a linha, uma vida inteira, palavra, palavra minha.
Para cada bicho de sete cabeças, tem sete sem nenhuma.
Aguento mas não garanto.
Haja hoje para tanto ontem.
Cuidado com o que não muda. Aqui fiquemos. Aqui acontecem coisas.
Acordei e me olhei no espelho ainda a tempo de ver meu sonho virar pesadelo.
Das coisas que fiz a metro todos saberão quantos quilômetros são aqueles em centímetros sentimentos mínimos ímpetos infinitos não.
O mundo não quer que eu me distraia. Distraído estou salvo.
Isso de ser exatamente o que se é ainda vai nos levar além.
Lá embaixo vai ter o que eu acho.